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quarta-feira, 27 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DO AUTO-EXAME DE MAMA

Câncer de mama e o auto-exame.

Figura esquemática da mama
Figura esquemática da mama

A importância do auto-exame de mamas

* fonte: http://www.orientacoesmedicas.com.br/examedemamas.asp


No Brasil, nas últimas duas décadas, a taxa bruta de mortalidade por câncer de mama apresentou uma elevação de 68%.
É a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos.
Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao palpar suas mamas. Porém, um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. Cerca de 50% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, gerando tratamentos muitas vezes mutilantes o que causa maior sofrimento à mulher.
As mulheres brasileiras estão morrendo devido ao câncer de mama, pois insistem em escondê-lo por medo ou vergonha!
Idealmente, todas as mulheres deveriam realizar uma mamografia (exame capaz de detectar lesões não palpáveis) anual, a partir dos 50 anos de idade e, mais precocemente, em caso da existência de um caso de câncer de mama em mãe ou irmã (antecedente familiar de primeiro grau).
Como no Brasil estamos longe de seguir essa rotina, o auto-exame de mamas é a melhor saída.
O câncer de mama atinge principalmente mulheres em idade em torno da menopausa (entre 45 e 55 anos), mas podem aparecer nódulos benignos em outras faixas etárias que precisam ser tratados.

Cuidados para evitar o câncer de mama.

A herança genética, a obesidade e o número elevado de ciclos menstruais estão entre os principais fatores que estimulam o surgimento do câncer de mama. Ainda assim, todas as mulheres, que se identificam ou não com qualquer fator de risco, devem seguir, a partir da adolescência, algumas recomendações. São procedimentos e hábitos elementares que ajudam a evitar o câncer de mama e outras eventuais complicações ginecológicas.
Algumas das precauções que podem ser tomadas:
  • Fazer visitas anuais ao ginecologista;
  • Fazer o auto-exame uma vez por mês;
  • Submeter-se ao exame de mamografia anualmente após os 40 anos.
O objetivo fundamental do auto-exame é fazer com que a mulher conheça detalhadamente as suas mamas, o que facilita a percepção de quaisquer alterações, tais como pequenos nódulos nas mamas e axilas, saída de secreções pelos mamilos, mudança de cor da pele, retrações, etc.

O auto-exame de mamas deve ser realizado mensalmente por todas as mulheres a partir de 21 anos de idade, sete dias depois do início da menstruação, quando as mamas se apresentam mais flácidas e indolores. Após a menopausa, deve-se definir um dia do mês e realizar o exame sempre com intervalo de 30 dias.

A freqüência com que se faz o exame torna mais fácil notar qualquer modificação nas mamas de um mês para o outro.

Técnica para realizar o auto-exame de mamas:

1° - Observação em frente do espelho

Antes do banho, posicione-se em frente ao espelho. Observe os dois seios, primeiro com os braços caídos, depois com as mãos na cintura fazendo força nas mãos e, por fim, com elas atrás da cabeça, observe tamanho, posição, forma da pele, aréola e mamilo. Faça o mesmo controle com os braços levantados e mantidos atrás da cabeça.
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Qualquer alteração na superfície (depressão ou saliência) ou rugosidade é importante.
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técnicas para realizar o auto-exame de mamas e evitar o câncer de mamaPressione o mamilo suavemente e veja se dá saída a qualquer líquido. Se o mamilo está umbilicado (metido para dentro como o umbigo) e não era assim, essa é uma alteração importante também.

2° - Palpação de pé

Durante o banho, com as mamas ensaboadas, deslize as mãos sobre as mamas. Com os dedos unidos, use a mão direita para apalpar a mama esquerda e a mão esquerda para a direita. Procure caroços, alterações de consistência, secreções, ou saliências.
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Divida o seio em faixas verticais e horizontais e com os dedos estendidos e em pequenos movimentos circulares, faça a palpação de cada faixa, de cima para baixo.
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Palpe também a axila e o pescoço. Não se esqueça, todo o seio deve ser palpado, mas dê particular atenção ao quadrante superior-externo.

Repita as mesmas manobras para a mama direita.

3° - Palpação deitada

Deitada, coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita. Inverta o procedimento para examinar o outro lado.

Apalpe toda a mama através de suave pressão sobre a pele com movimentos circulares.
Apalpe a metade externa da mama que, em geral, é mais consistente.
Apalpe, agora, as axilas.
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Lembre-se que o auto-exame da mama deve ser realizado regularmente. Caso note alguma alteração antes da menstruação, não se precipite e volte a repetir o exame depois da menstruação. Se a alteração persistir procure o seu Médico. Esclareça com ele todas as dúvidas que tem sobre os seus seios e sobre o auto-exame. Se o auto-exame é normal, o exame Médico deve ser anual. 

Mamografia

A mamografia é uma radiografia das mamas em várias incidências.
 

Não tenha qualquer receio em fazer uma mamografia. As doses de radiações que são usadas atualmente são muito pequenas e o exame anual não representa qualquer risco. 
A mamografia é um exame insubstituível na prevenção do câncer de mama. Só a mamografia permite detectar alterações mínimas e revelar nódulos que não são perceptíveis à palpação.

O câncer de mama é curável, mas a possibilidade de cura é tanto maior quanto menor for a lesão

A mamografia é um exame muito importante na prevenção do câncer de mama e, por isso, deve ser indicada com critério:  
  1. Se o exame clínico for negativo raramente está indicada antes dos 40 anos, salvo se houver fatores de risco.
  2. Dos 40 aos 50 anos, deve ser feita de 2 em 2 anos. A partir dos 50 poder-se-á manter de 2 em 2 anos ou passar a anual (caso se justifique). 
  3. Só para esclarecimento de casos duvidosos, é necessário repetir a mamografia com intervalos inferiores há 1 ano.

Referências:
  • Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Bruce B. Duncan, Artmed, 2004, Seção IV, cap. 43.
  • Ginecologia, Günther Kern, 2ª edição, Guanabara Koogan, 1978.
  • Programa de Educação a Distância de Medicina Familiar e Ambulatorial - PROFAM - Entrega VI, Cap. 45, 2003, Gráfica Centenário, Argentina
  • sábado, 23 de março de 2013

    SAÚDE DA MULHER - OVÁRIOS POLICISTICOS - 10 DÚVIDAS


    10 dúvidas frequentes sobre a síndrome dos ovários policísticos

    Alterações menstruais constantes devem ser alerta para as mulheres


    Por Especialista - publicado em 10/01/2008



    A mulher que apresenta ovários policísticos produz uma quantidade maior de hormônios masculinos, os andrógenos, fator que pode afetar a fertilidade feminina. O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado com a ovulação. A testosterona produzida pela mulher interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário, impedindo a ovulação.

    A seguir, esclareço as dúvidas mais comuns sobre a doença:

    1) Quais são os principais sintomas da síndrome dos ovários policísticos? São as alterações menstruais. A mulher menstrua a cada dois ou três meses e, freqüentemente, tem apenas dois ou três episódios de menstruação por ano. Outro sintoma é o hirsutismo, ou seja, o aumento de pêlos no rosto, nos seios e
    na região mediana do abdômen. A obesidade também é um sintoma freqüente. Na verdade, a obesidade piora a Síndrome. Às vezes, a paciente não tem as manifestações sintomáticas, mas quando engorda, elas aparecem.

    2) Alterações menstruais muitas mulheres têm. Existe algum tipo que seja característico da síndrome do ovário policístico? Menstruações espaçadas é a principal característica dessas alterações. Mulheres com ovários policísticos têm apenas dois, três ou quatro episódios menstruais por ano.
    3) Em que fase da vida da mulher, a Síndrome costuma aparecer? Ela começa na puberdade e vai até a menopausa. Alguns casos tornam-se assintomáticos com o tratamento, mas é uma doença crônica. Por isso, é comum a mulher com ovário policístico procurar vários especialistas, ao longo da vida, em busca de tratamento. No entanto, a importância que se dá ao caso, depende da fase da vida que a mulher atravessa. Na puberdade e na adolescência, os pêlos causam maior incômodo. Depois, na idade do casamento, preocupam as alterações menstruais, que podem ser sinal de infertilidade. Há, também, o momento em que a obesidade representa o maior inconveniente. A Síndrome assume maior ou menor relevância, de acordo com a fase de vida da mulher e, conseqüentemente, o tratamento deve respeitar os sintomas que se destacam em determinado período.

    4) Como se faz o diagnóstico da Síndrome dos Ovários Policísticos?
    O diagnóstico da doença ficou muito facilitado com o emprego do ultra-som. Antigamente, fazíamos uma pneumopelvigrafia, um exame invasivo porque se aplicava uma injeção de ar no abdômen para visualizar melhor os órgãos pélvicos e tirava-se uma radiografia. Hoje, a sonda do ultra-som sobre a superfície externa do abdômen permite um diagnóstico preciso. Normalmente, os ovários policísticos são visualizados por meio do exame de ultra-som ou no de toque realizado no exame ginecológico de rotina. Às vezes, basta examinar a paciente para localizar os dois ovários aumentados. O ovário tem mais ou menos 9cm³. O ovário policístico chega a ter 20cm³, quer dizer, o dobro do volume. Além disso, sua aparência é típica: fica coberto por uma capa branca semelhante à albugínea que envolve o testículo, e os cistos formam uma saliência na superfície.

    5) Qual a diferença entre cisto no ovário e ovário policístico?
    A diferença está no tamanho e no número de cistos. Geralmente, na Síndrome, existem de 10 a 20 pequenos cistos com meio centímetro de diâmetro, enquanto os cistos de ovário são únicos e bem maiores, medindo de 3 a 10 cm. Eles só não são únicos nos casos de estimulação ovariana para fertilização assistida, quando podem ocorrer de cinco a dez cistos grandes. Se a mulher faz um ultra-som e encontra um cisto grande no ovário, isso não quer dizer que ela corra risco maior de desenvolver a Síndrome dos Ovários Policísticos. Não há esse perigo. Essa mulher tem, provavelmente, uma alteração no controle da função ovariana que leva à produção do cisto. Ela pode ter um problema no hipotálamo ou na hipófise, que não faz parte da Síndrome dos Ovários Policísticos, uma patologia crônica para a qual ainda não se descobriu a cura.

    6) A mulher com síndrome de ovários policísticos produz mais testosterona que a mulher normal?
    Quais as conseqüências deste desequilíbrio hormonal? É importante dizer que todas as mulheres produzem fisiologicamente hormônios masculinos. Na mulher, uma das funções dos andrógenos é justamente aumentar a libido. O principal problema que este desequilíbrio hormonal provoca está relacionado com a ovulação. A testosterona interfere nesse mecanismo e, ao mesmo tempo, aumenta a possibilidade da incidência de cistos, porque eles resultam de um defeito na ação dos hormônios do ovário e isso impede a ovulação. Os cistos representam a parada do desenvolvimento dos folículos para ovular. O folículo, normalmente, atinge um estágio em que arrebenta e expele o óvulo. Quando isso não acontece, um líquido se acumula nesse local. Como mais ou menos dez folículos se desenvolvem todos os meses, surgirão dez ou quinze pequenos cistos característicos do ovário policístico. No entanto, essa mulher não ovula porque lhe faltam condições endócrinas para tanto.

    7) O aparecimento da acne é muito freqüente nesse tipo de síndrome?
    A acne é um sintoma comum na Síndrome dos Ovários Policísticos. Quando o andrógeno atua sobre o sistema pilossebáceo, aumenta a produção de pêlos e a de material oleoso pelas glândulas sebáceas, o que facilita a instalação das infecções características da acne. É importante que a causa da acne em adolescentes seja pesquisada, pois pode tratar-se de ovários policísticos.

    8) Quais as possibilidades terapêuticas para o tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos?
    O tratamento depende da fase de vida da mulher. O que é mais importante em determinado momento e qual o sintoma que mais a incomoda são perguntas que o médico que a assiste deve fazer. Como se trata de uma doença crônica, não há cura da síndrome, e sim, tratamento dos sintomas. Uma adolescente de 15/16 anos, obesa, com pêlos e acne e perturbações menstruais, precisa primeiro tentar emagrecer. Às vezes, só a perda de peso provoca a reversão do quadro, porque a obesidade gera resistência à insulina e essa resistência produz o aumento de andrógenos, os hormônios masculinos. Se ela não for obesa, torna-se necessário diminuir a produção dos hormônios masculinos e uma das maneiras mais simples de fazê-lo é por meio da pílula anticoncepcional. Qualquer pílula, não precisa ser uma em especial, porque todas deprimem a função ovariana e, portanto, diminuem a produção de hormônio masculino. O anticoncepcional atua também na unidade pilossebácea, reduzindo o crescimento dos pêlos e a produção de sebo. Dessa forma, melhoram os quadros de hirsutismo, acne e as alterações menstruais, uma vez que a pílula regulariza os ciclos menstruais.

    9) Como a infertilidade está associada à Síndrome dos Ovários Policísticos?
    Até os 23 anos de idade, mais ou menos, mulheres com a Síndrome podem ovular esporadicamente. Sabe-se que nem todas as menstruações que ocorrem espaçadamente são ovulatórias, mas algumas são, e a mulher consegue engravidar. É muito comum a referência de que antes dos 23 anos, elas tiveram um ou dois filhos. Depois, não conseguiram mais engravidar. Essa é uma das patologias mais simples de serem tratadas porque as mulheres, em geral, respondem ao indutor da ovulação mais corriqueiro que existe, o clomifeno. Ele é administrado por via oral, cinco dias por ciclo, a partir do primeiro dia e é capaz de corrigir as anomalias endócrinas e provocar ovulação. Grande parte das mulheres responde bem ao tratamento e engravida. Infelizmente, algumas não conseguem porque as condições locais ficaram ruins ou o estroma produz muito andrógeno e é necessário adotar outra tática, como estimular os ovários com gonadotrofinas, o que se faz normalmente na fertilização in-vitro. Atualmente, não empregamos mais a técnica de ressecção em cunha dos ovários. O que se faz é a cauterização laparoscópica. Através de três pequenas incisões na parede abdominal, os cistos são cauterizados. Com isso, as pacientes começam a menstruar, ovular e ficam grávidas. Muitas chegam a menstruar regularmente até a menopausa. 

     10) E quando estas mulheres com ovários policísticos chegam à menopausa, os problemas desaparecem?
    Em conseqüência do hiperinsulinismo, essas mulheres, ao chegar à menopausa, apresentam maior risco de apresentar distúrbios cardiovasculares. Mais freqüentemente, elas são hipertensas e desenvolvem diabetes do tipo II, justamente aquele que não é insulinodependente, porque têm resistência à insulina. Por isso, elas devem procurar tratamento pelo menos para normalizar essa resistência à insulina. Assim, independentemente da idade, quando uma mulher tem hiperinsulinismo, uma das tentativas é utilizar a metilformina, uma substância que aumenta a sensibilidade à insulina. De 40% a 50% das pacientes respondem bem a esse esquema terapêutico, as menstruações se regularizam, os níveis de testosterona baixam e elas engravidam.

    sexta-feira, 22 de março de 2013

    AÇÚCAR: GOSTOSO VENENO,OU DOCE ILUSÃO?

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    AÇÚCAR: gostoso veneno ou doce ilusão?
    Por Francine Prass Hatem.

    Considerado por alguns uma droga tão viciante quanto a heroína, o açúcar esconde por trás de seu doce paladar uma verdadeira ilusão para a saúde. Veja aqui a opinião de médicos e especialistas sobre esse desejado alimento, responsável por uma série de doenças.

    Há quem fique com a boca cheia de água só de pensar em comer uma doce sobremesa, seja um pudim, um bolo, uma torta ou um sorvete; quanto mais doce, melhor. Têm ainda aqueles que são verdadeiras "formiguinhas": não ficam muito tempo sem comer algo bem docinho, e na falta de uma sobremesa pronta, vale encher a colher na lata de leite condensado e levar à boca ainda pingando. Qualquer coisa que mate aquela vontade louca de comer doce.

    O que essas pessoas não sabem - muitas sequer imaginam - é que o aparentemente inocente açúcar refinado, quando consumido em excesso, pode provocar muitos males à saúde, desde cáries a problemas mais graves, como labirintite, aumento da pressão arterial, diabetes, obesidade... A impressão que se tem é que à medida que vão sendo realizadas pesquisas sobre esse tema, são descobertas novas consequências prejudiciais da ingestão de açúcar.

    Tema de teses, estudos e livros, o açúcar foi considerado veneno pelos que defendem sua abolição total da dieta. Outros alertam para o aumento vertiginoso do consumo, recomendando o uso mais restrito. Independentemente do posicionamento, em uma coisa todos são unânimes: açúcar demais faz mal!

    Quem usa em excesso deve pensar seriamente em diminuir o consumo; quem enfrenta doenças devido ao seu uso talvez deva considerar retirar esse ingrediente da dieta, seguindo o exemplo de quem experimentou, superou e teve como recompensa uma saúde melhor.
    Como o açúcar não tem em seu conteúdo nenhum teor nutricional, nesse caso vale o ditado inverso: se não fizer mal, bem também não faz.

    FONTE:
    http://www.nutricaoativa.com.br/conteudo.php?id=358